segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O transporte rodoviário em Piraí







Os empresários dos transportes. Da esquerda para direita: Reynato Frazão de Souza Breves. Atrás, seu filho José Affonso (Zeca), Humberto de Souza Breves, Antonio Severiano, e outros.
o Com o fim da linha férrea, o ramal da Rede Mineira de Viação que ligava Passa-Três a Barra do Piraí foi desativado.

Construir estradas de rodagem era o lema da época. Estrada é imperativo de progresso. "Governar é fazer estradas", dizia o Presidente Washington Luiz. É a preocupação do povo de Piraí, é a preocupação do governo municipal: estradas!. Assim se expressou o jornal "O Pirahy" em 16 de outubro de 1927.

Aparecem os primeiros automóveis e caminhões em Piraí.

Reynato Frazão de Souza Breves, empreendedor e entusiasta da estrada de rodagem que substituiu o trem em Piraí, foi o primeiro a colocar em funcionamento uma linha de ônibus ligando Piraí a Barra do Piraí.

Com seu irmão Humberto de Souza Breves (Filhinho) e o amigo Antonio Severiano Pereira, idealizaram uma linha de ônibus entre Piraí e Barra do Piraí em substituição a linha ferroviária que havia sido arrancada para construção da estrada de rodagem.

Compraram uma "jardineira". Bancos à semelhança dos bondes do Rio de Janeiro. Tudo aberto. Lonas em volta, ora enroladas ora esticadas, faziam as vezes de janelas. Era a "perua". Ligava também Piraí a Passa-Três.


João Manuel Marques Costa. Primeiro motorista da empresa Nossa Senhora Aparecida.
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No tempo das chuvas, máxima penitência! Mais atolava que andava. Correntes nas rodas para enfrentarem os atoleiros. Queixumes e reclamações! Todos lamentavam a falta do trem.

João Marques que havia sido criado na casa dos Breves pelo Sr. Reynato, dirigia a jardineira. Ora no volante, ora na enxada. Antes trabalhara num pequeno caminhão para a Rede Mineira de Viação carregando lenha.

Os três valentes: Reynato, Humberto e Antonio formam então uma sociedade - a Viação Nossa Senhora Aparecida. Alguns anos depois a sociedade foi desfeita e ocorreu uma divisão:

Reynato ficou com a linha de Barra do Piraí ao Rio de Janeiro;

Humberto (Filinho) ficou com a linha de Barra do Piraí, Volta Redonda, Barra Mansa.

A linha Piraí-Barra do Piraí que era composta de duas jardineiras de madeira ficou com o genro de Reynato. Foi vendida em 1952 para a família de Chiquinho Soares.

Denominada de Viação Progresso pelos irmãos Soares nascia ali a verdadeira vocação daquela família, que nove anos mais tarde iria vender a padaria e dedicar todos os esforços e investimentos na Viação Progresso.

Dos oito filhos de Sr. Chiquinho, três permaneceram na sociedade Arlindo Hélio e Paulo e, hoje, suas três famílias são proprietárias da empresa que se dedica em profissionalizar a gestão sem perder os principais valores transmitidos pelo casal Chiquinho e Joanna: simplicidade de vida, trabalho duro e fé em Deus.

Em 1954, a empresa conquistava concessão do DER-RJ para operar na linha Vassouras – Barra do Piraí. E, em 1958, sua sede foi transferida para Barra do Piraí/RJ, onde permaneceu até 1975. Os pilares da Viação Progresso sao: honestidade, união, respeito, disciplina e persistência.

Com a morte de Reynato Breves em 28 de outubro de 1965 próximo ao Rio de Janeiro, num acidente de carro em Nova Iguaçú, a empresa entra num longo processo de inventário.

A Viação Barra do Piraí Ltda. passa a investir em turismo, denominando-se Viação Barra do Piraí e Turismo Ltda.

Mais tarde, a empresa é vendida para a empresa Normandy.

Os piraienses se valiam das empresas: Progresso (Linha Piraí - Barra do Piraí); Viação Barra do Piraí (Barra ao Rio de Janeiro); ou a Cidade do Aço para Volta Redonda, Barra Mansa.

Viação Nossa Senhora Aparecida Viação Barra do Piraí

Viação Progresso Viação Progresso

Viação Valenciana Viação Cidade do Aço
Em 1947 é inaugurada a Viação Valenciana, oferecendo um serviço de ônibus para Barra do Pirai, com 3 ônibus Chevrolet.

João Manuel Marques Costa
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Primeiro motorista da empresa Nossa Senhora Aparecida.

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