terça-feira, 11 de outubro de 2011

Combustiveis mais caro

Sul Fluminense 
A poucas semanas do início da entressafra da cana, o impacto da colheita deste ano revela ter tido pouca contribuição na redução dos preços dos combustíveis. A tendência é que a alta se acentue nos próximos meses, porque está para começar uma nova entressafra da cana e os preços do etanol - tanto o anidro, que é misturado à gasolina, quanto o hidratado, que é colocado diretamente no tanque dos veículos flex ou a álcool - devem começar a subir novamente.
De acordo com os levantamentos mensais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do etanol nas principais cidades da região acumula, em 2011, aumentos que variam entre 9,58%, em Barra Mansa, e 20,32%, em Angra dos Reis. Os aumentos da gasolina variam entre 4,80%, em Volta Redonda, e 7,29% , em Angra dos Reis.
A queda nos preços dos combustíveis em geral começa no mês de junho, quando a cana colhida começa a chegar aos postos. O etanol reage mais rapidamente, e a gasolina tende a ter variações menores. Este ano, contudo, apesar de ter havido reduções a partir de junho, em nenhuma cidade os preços voltaram, até setembro, aos patamares de janeiro - quando eles tinham subido por causa da entressafra, iniciada nos últimos meses de 2010.
O etanol também vai manter preços mais altos porque há uma menor quantidade do produto no mercado. Foram moídas, até 1º de outubro, 411,99 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nas usinas do Centro-Sul do país. Segundo o balanço divulgado ontem pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), a quantidade é 7,39% menor do que no mesmo período da safra passada.
Só na segunda quinzena de setembro, foram processadas 36,67 milhões de toneladas da matéria-prima. Isso é 34,69% a mais do que na mesma quinzena da safra passada.
Do total da safra moída até o início de outubro, 51,51% destinaram-se à produção de etanol e os 48,49% à produção de açúcar. Com isso, desde o começo da safra, foram produzidas 25,98 milhões de toneladas de açúcar, uma redução de 4,19% na comparação com 2010.
Já a produção de etanol caiu mais: 16,37%. Até outubro, foram produzidos 16,9 bilhões de litros do produto, seja ele anidro (usado como mistura da gasolina) ou hidratado (usado como combustível). Na safra passada, até este período, haviam sido produzidos 20,3 bilhões de litros.
Em comunicado da Unica, o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, informou que "o cenário [da safra] está dentro do esperado". Segundo ele, também "é natural que haja uma desaceleração no ritmo de moagem nas próximas quinzenas".
De acordo com a Unica, cerca de 20 usinas do Centro-Sul já encerram sua colheita. A maior parte delas fica em regiões tradicionais de São Paulo, onde houve uma quebra de safra significativa.






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