Volta Redonda 
As reclamações sobre o desembarque de passageiros pela porta  traseira dos ônibus têm sido recorrentes. Esta semana um caso chegou a  ser registrado na 93ª DP. Uma moradora do bairro Retiro, Valéria Ferreira, de 41  anos, contou à polícia que estava descendo do ônibus que faz a linha  Açude-Jardim Amália, quando o motorista fechou a porta, deixando-a  presa, chegando a arrastá-la.
Rafaela dos Santos, que trabalha como caixa em uma loteria, disse que  já observou situações semelhantes à relatada pela mulher que registrou o  caso na polícia. - O ônibus parou no ponto e quando uma senhora ia  entrar o motorista deu a partida. A sorte foi que ela tinha colocado  apenas a mão na porta para subir, porque se ela tivesse colocado os pés  teria caído da porta. O motorista não chegou a parar o ônibus, mesmo  todos tendo gritado para ele parar que ainda havia uma passageira para  entrar. Todos seguiram muito revoltados com a atitude do motorista -  disse.
Já a professora Soraia Maria Caetano Monteiro comentou que um dos  problemas que mais contribuem para casos como esse está no caso de  lotação dos veículos, que acaba impedindo uma visão completa do  motorista sobre o que se passa na porta traseira.
- Acontecem com muita frequência casos como esses quando o ônibus  está lotado. O motorista não vê se já desceu todo mundo, quando era na  porta da frente tinha a vantagem de o motorista ver quem estava  descendo, enquanto o trocador observava quem embarcava - falou.
Aqueles que têm mais a reclamar são realmente os idosos, segundo a  aposentada Ivone Jardim, de 71 anos. Ela contou que na quarta-feira  quase chegou a ser imprensada: - Eu estava subindo quando o motorista  fechou a porta, se não fosse um outro motorista da linha que estava  perto da porta e a segurou, não teria apenas deixado meu braço dolorido.  Tenho dificuldades de locomoção por causa de uma prótese que tenho na  perna e não vejo demonstração de atenção da parte dos motoristas.
Suser diz que inversão de desembarque é tendência
O diretor-presidente da Suser (Superintendência dos Serviços  Rodoviários) de Volta Redonda, Paulo Barenco, disse que a questão do  embarque e desembarque nos ônibus já é antiga e que a inversão do  desembarque é uma tendência.
- A questão de embarque e desembarque é  antiga e depende de hábito, já que existem outras cidades em que é feito  dessa forma, sem transtornos. Já existiam acidentes quando o embarque  era no formato anterior. O que as pessoas costumavam fazer era  atravessar na frente do ônibus após desembarcarem, o que poderia causar  um atropelamento - falou.
Barenco explicou ainda que mediante a inversão do formato de embarque  e desembarque que as empresas foram apresentando na aquisição da nova  frota, a Suser entendeu que deveria haver uma padronização no serviço,  levando em conta também à legislação federal que diz respeito à  acessibilidade.
- O problema que foi identificado era a confusão na hora dos usuários  embarcarem, pois uns apresentavam embarque dianteiro, outros traseiros.  Se algum usuário se sentir prejudicado deve registrar sua denúncia com  data, hora e local da reclamação, além do número de ordem do veículo  pelo telefone 0800 7021 156, que faremos uma investigação e advertência à  empresa, para que sejam tomadas providências sobre o fato,  principalmente se for recorrente - afirmou.
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário